sexta-feira, 17 de maio de 2013

E enfim, para que mesmo?


Para que tanta cobrança de si mesmo, dos outros?

Tantos padrões que tentamos seguir e esperamos que os outros sigam?

Tanto julgamento, tanta análise?

Para que essa busca incessante pelo dinheiro, pela beleza, pelos últimos bens de consumo?

Posição social, cargo profissional, para que?

Para que esse mau humor, essa hipocrisia, essa hostilidade, esse egoísmo, essa vaidade?

Por que temos que conseguir ser bem-sucedidos, belos, inteligentes e simpáticos? Quem falou isso?

O amanhã não existe e ontem já foi! 

Colocamos nossas expectativas e esperanças no que não traz retorno algum, só angústia.

Daqui, não vamos levar status, nem carro, nem a conta do banco, e sim os sorrisos entregues não importa a quem, não importa o porquê. A palavra amiga, as gargalhadas inocentes... o que se faz e o que se tenta fazer pelo outro e pelo mundo, não por você mesmo ou pelo seu umbigo.

Devemos estar atentos, o tempo todo, ao que realmente importa, ao que realmente se leva, antes que o mundo consiga nos engolir...


Vou continuar tentando, minha amiga. E você, por favor, continue amando, seja o que for, de onde for. Saudades.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Inteligência humana


"– Porque tamanha estranheza? – perguntou o cuidadoso orientador – e nós outros, quando nas esferas da carne? Nossas mesas não se mantinham à custa das vísceras dos touros e das aves? A pretexto de buscar recursos protéicos, exterminávamos frangos e 
carneiros, leitões e cabritos incontáveis. Sugávamos os tecidos musculares, roíamos os ossos. Não contentes em matar os pobres seres que nos pediam roteiros de progresso e valores educativos, para melhor atenderem a Obra do Pai, dilatávamos os requintes da 
exploração milenária e infligíamos a muitos deles determinadas moléstias para que nos servissem ao paladar, com a máxima eficiência. O suíno comum era localizado por nós, em regime de ceva, e o pobre animal, muita vez à custa de resíduos, devia criar para 
nosso uso certas reservas de gordura, até que se prostrasse, de todo, ao peso de banhas doentias e abundantes. Colocávamos gansos nas engordadeiras para que hipertrofiassem o fígado, de modo a obtermos pastas substanciosas destinadas a quitutes que ficaram famosos, despreocupados das faltas cometidas com a suposta vantagem de enriquecer os valores culinários. Em nada nos doía o quadro comovente das vacas-mães, em direção ao 
matadouro, para que nossas panelas transpirassem agradavelmente. Encarecíamos, com toda a responsabilidade da Ciência, a necessidade de proteínas e gorduras diversas, mas esquecíamos de que a nossa inteligência, tão fértil na descoberta de comodidade e 
conforto, teria recursos de encontrar novos elementos e meios de incentivar os suprimentos protéicos ao organismo, sem recorrer às indústrias da morte. Esquecíamo-nos de que o aumento dos laticínios, para enriquecimento da alimentação, constitui elevada tarefa, porque tempos virão, para a Humanidade terrestre, em que o 
estábulo, como o lar, será também sagrado. 
[...]
Todavia, devemos esclarecer que, no capítulo da indiferença para com a sorte dos animais, da qual participamos no quadro das atividades humanas, nenhum de nós poderia, em sã consciência, atirar a primeira pedra. Os seres inferiores e necessitados do Planeta não nos encaram como superiores generosos e inteligentes, mas como verdugos cruéis. Confiam na tempestade furiosa que perturba as forças da Natureza, mas fogem, desesperados, à aproximação do homem de qualquer condição, excetuando-se os 
animais domésticos que, por confiar em nossas palavras e atitudes, aceitam o cutelo no matadouro, quase sempre com lágrimas de aflição, incapazes de discernir com o raciocínio embrionário onde começa a nossa perversidade e onde termina a nossa compreensão. Se não protegemos nem educamos aqueles que o Pai nos confiou, como germens frágeis de racionalidade nos pesados vasos do instinto; se abusarmos largamente de sua incapacidade de defesa e conservação, como exigir o amparo de superiores 
benevolentes e sábios, cujas instruções mais simples são para nós difíceis de suportar, pela nossa lastimável condição de infratores da lei de auxílios mútuos?" 

Do livro "Missionários da Luz" - Francisco Cândido Xavier, ditado por André Luiz. Resposta dada pelo guia Alexandre a André perante seu espanto ao ver cenas de vampirismo em encarnados.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Viva a TPM!

Parabéns a você, mulher que tem deveres iguais ou maiores que os dos homens, mas nem sempre os mesmos direitos! Que apesar de toda competência, inteligência e esforço pessoal, ainda é vista apenas como um pedaço de carne por parte das pessoas! Que consegue manter-se em pé, de salto, trabalhando, estudando e cuidando da casa, um dia inteiro, quase desmaiando de cólica! Que se preocupa com a família, com os amigos, com o trabalho e ainda consegue se preocupar com dieta e maquiagem! 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

15 do 10 do 12


Quinze de outubro de dois mil e doze

O som tocou. 1 soneca, 2 sonecas, chega, coragem!Banheiro, balança (ixi), troco de roupa. Tento insistir pro marido dormir mais porque é feriado pra ele. Não, tem que fazer nossa vitamina de abacate. Levanta e fica olhando pro nada, lembro da vitamina, faço café, tomo vitamina e café com pão de mel.
Pego o carro, estaciono, chego cedo.
Converso com o Marcelo sobre o treinamento do PEAR, converso com o Beto sobre anestesia de endoscopia, vou para o computador ler notícias, volto para minha mesa para acabar de ler o Diagnóstico Integrado da Vila Alta Tensão. Como uva e barra de cereal. Volto para o computador para verificar as últimas coisas do diagnóstico. Pico de energia. Fernanda perde o arquivo comentado do diagnóstico, vai ter que refazer, não vou fazer meus comentários hoje, enrolo até a hora do almoço.
Almoço com Kelle, Helen e Zé no Folie, delícia. Saio de lá e vou olhar um presente para o Diogo, acabo olhando uma bolsa de couro pra mim (nova resolução de vida) na Thomáz Rabelo, bonitinha, preço bom, vou dar uma olhada na Laura antes. Entro no Cash Box para olhar um livro para a Mariana e compro um amassador de alho e um funil para casa.
Volto para a Urbel. Dou parabéns para a Regiane, as meninas vêm, lembram, e dão também. Faço café. Combino com a Cybs um encontro na casa dela mais tarde. Estou sem serviço. Vou para o computador. Como uva e Club Social, troco para um computador pior para liberar o que estou. Comemos um bolo que a Kelle comprou todos juntos para comemorar o aniversário da Regiane. Vou embora.
No caminho para o carro, minha mãe liga para dizer que vamos para o Pilates só 18:30h. Aproveito para passar no mecânico para ver o barulho do freio que não parou e cobrar o adesivo do óleo. Ele coloca o adesivo, fala que foi quem fez o banheiro da Dona Neide e que o barulho é do banco. Não acredito, mas vou pra casa.
Como pão de mel no sofá com o Rodrigo, troco de roupa, pego minha mãe, deixamos os filmes na Dumont, vamos para o Pilates. Saímos de lá, deixo minha mãe na casa da Ana para buscar o Uno.
Vou novamente para casa. Janto com o Rodrigo todos os restos do feriado, lavo a louça, tomo banho. Busco a Fê na casa da Júlia e vamos para a casa da Cybs. Argus, Mário, chá, Galpão, casamento, religião, reencarnação, sonhos. Deixo a Fê em casa, fico conversando com a Laura na porta da casa dela, encontro a Carol irmã da Thaís.
Casa. Rodrigo vê filme, vou para a cama ler Entrevista com o Vampiro. Apago.

domingo, 7 de outubro de 2012

Agora aguenta!


Parabéns, eleitorado belorizontino por eleger um prefeito-empresário por mais 4 anos (ou 2, se os outros 2 não sobrarem pro Délio-Vira-Casaca)! Isso mostra que os belorizontinos concordam em gastar quase 15 milhões de reais em obras pra inglês ver na Savassi, enquanto temos uma população ainda carente de moradia, saneamento básico, educação e saúde. Isso sem falar no transporte público capenga, afinal de contas, segundo ele próprio, “os ônibus lotados são culpa da população, que não espera o próximo”. Tomara que não tenhamos mais 4 anos de obras eleitoreiras, porque o objetivo foi alcançado, quantas pessoas eu não vi dizendo “não sei se ele é bom não, mas pelo menos está trabalhando, a cidade está cheia de obra!” Vocês realmente acreditam que o quebra-quebra da Antônio Carlos e da Cristiano Machado é trabalhar? Por acaso vocês sabiam que não era necessário quebrar o asfalto para implantar BRT? Não era necessário tecnicamente falando, com certeza política e financeiramente (pros bolsos dos grandes) era de extrema necessidade! Será que quem votou no Márcio hoje acreditou no buraco do metrô?

Palmas para o coronelismo do Aécio Neves, que venceu mais uma vez! Agora temos que aguentar, tirar as vendas dos olhos e avaliar o governo durante seus 4 anos, não só durante o período eleitoral, quem sabe assim teremos eleitores mais conscientes?


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Mais amor


Ama sempre para que possas compreender sempre mais.

Muitas vezes, no mundo, ensandecemos o cérebro e envenenamos o coração, indagando sem proveito quanto aos problemas que afligem os grandes e os pequenos, os felizes e os infelizes.

Entretanto, bastaria um raio de amor no imo d’alma para entendermos a profunda união em que nos imanizamos uns aos outros.

Ajuda antes de qualquer indagação.

Não peças diretrizes à Vida Superior, antes de haver praticado a fraternidade no círculo de criaturas em que te encontras.

A Terra é a nossa escola multimilenária, onde o amor é o Sol para as mínimas lições.

Descerra o espírito à claridade dessa luz e perceberás a dor que, muitas vezes, se agita sob vestes douradas e observarás o brilho da vida que, em muitas ocasiões, se destaca sob andrajos e sombras.

Oferece-lhe a mente e aprenderás que alegria e sofrimento, escassez e abastança, segurança e instabilidade na Terra não passam de oportunidades preciosas para a nossa elevação espiritual.

Não te esqueças de que somente aquele que se faz irmão do próximo pode soergue-lo a mais altos destinos.

O nosso verbo pronunciará eloqüentes discursos.

A nossa pena escreverá páginas comovedoras.

A nossa influência social assegurar-nos-á subido destaque na vida pública.

As nossas facilidades econômicas garantir-nos-ão transitório respeito entre as criaturas.

Todavia, que será de nós sem o tesouro da compreensão que apenas o amor nos pode conferir?

Mais amor em nossas atividades de cada dia é solução gradativa a todos os enigmas que nos cercam.

Só a luz é capaz de extinguir a sombra.

Só a sabedoria aniquila a ignorância.

Só o amor redime, vitoriosamente, a miséria.

Não nos abeiremos da revelação, simplesmente indagando, pedindo, reclamando.

Aprendamos a trabalhar e servir.

Amemo-nos uns aos outros e uma luz nova brotará no terreno vivo de nossa alma, constrangendo-nos a sentir que só o trabalho no serviço ao próximo é capaz de conduzir-nos à comunhão com a verdadeira felicidade, que decorre de nosso ajustamento às Leis Celestiais.

"O momento é de prova? Ergue-te e aceita a vida."

(Assim Vencerás - Emmanuel - Francisco Candido Xavier)

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Diagnosticando...

Tudo muda, menos o mal da humanidade, que é o sistema  (ver primeira postagem deste blog).


Quem está inserido no sistema, vive loucamente, dorme pra trabalhar, acorda pra trabalhar, malha pra trabalhar; hora marcada pra ver tv, ler livro, ir no banheiro, lavar o cabelo, namorar e conversar no telefone. Ou seja, pressão sob pressão até nos momentos de lazer.


Quem está às margens do sistema, lê-se desempregado (ou com mais bom humor, "between jobs"), sente-se mal por não estar inserido no sistema e vive sob pressão tentando se inserir.


Ninguém consegue ser feliz diante de tanta pressão, daí depositamos a felicidade em pessoas ou coisas. Nas paqueras, no emprego, no celular, no carro... coisas falíveis e falidas. Por isso, temos que tomar "compensadores de alegria", ou como no livro de Huxley, soma, que não acho que se resumem aos casos mais óbvios como drogas pesadas e remédios psiquiátricos, incluo também a cervejinha do happy hour de sexta, aquele cigarrinho pra relaxar, um pedaço de chocolate pra ficar feliz, compras e mais compras no shopping pra justificar tanto trabalho (eu mesma adoro usar a máxima "é pra isso que a gente trabalha, né?!")...


E aí, I keep asking myself, é melhor ser alguém consciente, ser pensante, saber disso tudo, não poder fazer nada pra mudar, se deprimir por isso, e tomar um vinhozinho pra relaxar depois de toda essa reflexão ou simplesmente ignorar essa manipulação e não entender de onde vem essa angústia inexplicável?





quinta-feira, 28 de junho de 2012

ser alguém nesse concerto...




"É indispensável descobrir a grandeza do conceito de “vida”, sem confundi-lo com “uma vida”.


Existir não é viajar da zona de infância, com escalas pela juventude, madureza e velhice, até ao porto da morte; é participar da Criação pelo sentimento e pelo raciocínio, é ser alguém e alguma coisa no concerto do Universo."


Caminho, Verdade e Vida, Emmanuel, Chico Xavier

segunda-feira, 14 de maio de 2012

tênue.

que pena ser assim, tão frágil.
um filme.
um trecho de livro.
um recado.
e lá se foi o humor.
abrindo vasto espaço
para a incomum angústia.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Perguntas irritantes


  1. O que você vai ser quando crescer?
  2. E aí, já tem namorado?
  3. E quando formar, o que você pretende fazer?
  4. Já conseguiu emprego?
  5. E o casório, sai quando?
  6. Você está diferente, engordou um pouquinho?
  7. Já não está na hora de ter neném, não?
  8. Pra quando que sai o mestrado?
  9. Quando que o filhote ganha um irmãozinho, hein?!
  10. Você vai demorar?
  11. Por que você faz isso assim?
  12. Isso dá dinheiro?