sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Procura-se (com boa recompensa)



Procura-se pessoas simples.
Que não interpretem a vida, como se ela estivesse contra elas.
Que não dramatizem em pequenas coisas do dia-a-dia.
Que entendam a opinião e a atitude alheia, sem querer/procurar conflitos.
Que entendam que a verdadeira felicidade está nas menores coisas. E que valorizem essas menores coisas, o que, automaticamente, diminuirá as outras pequenas (ou grandes) que nos aborrecem.

Procura-se pessoas de coração aberto, mente aberta, que estejam disponíveis para conhecer e compreender o outro, por mais diferente que este seja.
Que não julguem o desconhecido pela aparência, mas se interessem por ele.
Que saibam conversar sobre diferentes assuntos, mesmo que polêmicos, escutando a opinião do outro, sem levar pro lado pessoal.
Que se interessem por músicas que não conhecem, livros, filmes, roupas, pessoas, lugares, sem o olhar inicial crítico, costumeiro para com o desconhecido.

Procura-se pessoas leves.
Que saibam brincar, rir, falar bobagem.
E que, se este não for o melhor dia do bom humor, que não se irritem com a leveza do outro, mas se admirem.

domingo, 28 de novembro de 2010

Gente grande



"Les grandes personnes aiment les chiffres. Quand vous leur parlez d'un nouvel ami, elles ne vous questionnent jamais sur l'essentiel. Elles ne vous disent jamais: "Quel est le son de sa voix ? Quels sont les jeux qu'il préfère ? Est-ce qu'il collectionne les papillons ?" Elles vous demandent: "Quel âge a-t-il ? Combien a-t-il de frères ? Combien pèse-t-il ? Combien gagne son père ?" Alors seulement elles croient le connaître."
Saint Exupéry

Medo de virar uma engenheira gente grande....

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

No escuro.

Hoje não quero conversar.
Não quero saber de problemas.
Nem contar os meus.
Não quero nem que me conte como foi o seu dia.
Não quero ter que parar para pensar como foi o meu.
Não me peça opinião, ajuda ou apoio.
Hoje não sou apoio, não quero apoio.
Quero me excluir, ficar só, nem comigo mesma.
Não quero ter que pensar, nem ouvir, nem falar.
Meus próprios pensamentos hoje me cansarão.
Quero descanso, repouso, físico, intelectual.
Talvez uma carga de energia me faria bem.
Não quero ter que procurá-la.
Quero ficar só, sem falar, sem pensar, sem agir.
Nem escrever, nem comer, nem rezar, nem ver.
Nada.
Hoje eu só quero isso, o nada.
Não quero ter que ser forte, comunicativa, simpática.
Não quero ter que ser.
Só quero ser hoje o que eu der conta, sem muito esforço.
E acho que isso não será muito.
Então não espere muito de mim, porque hoje, eu não quero me exigir.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Se conselho fosse bom...

Fonte: http://icanread.tumblr.com/  

"But the only thing I can assure you is: wear sunscreen..."

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Quem sou eu - versão 100/4 (cem sobre quatro)

TENHO 25 anos,
ESTOU engenheira civil e
TRABALHO com saneamento.

ESTOU noiva do Sr. Rodrigo Bonatti,
FAÇO PARTE de uma família linda, a qual AMO muito e, graças a Deus,
CONQUISTEI maravilhosas amizades ao longo da vida.

ADORO comer, de tudo, mas tento controlar (ano que vem temcasamento),
GOSTO de ler e escrever,
DIVIRTO-ME vendo filmes, dos mais variados estilos.
Meu passatempo preferido? Viajar! Para perto, para longe, cachoeira, montanha, praia....

VOU para academia e para o Centro Espírita como atividades extras,
também GOSTO de dançar, apesar de ter tempo que não o faço..

SINTO saudades de bons momentos que vivi e que não vão voltar nunca mais...
TENHO muita esperança no futuro, não só o meu, mas do mundo inteiro.
Ainda ACREDITO nos seres humanos.

Tenho mais um milhão de coisas para falar sobre meu gostos, estados, conquistas....
Mas quem SOU eu?
Isso eu não faço a mínima idéia... e não tenho a pretensão de saber tão cedo...

sábado, 16 de outubro de 2010

E nesse caos...

Nunca, na história desse país, um candidato ganhou não por amor a ele, mas por ódio ao outro!
Sem entrar em mérito de preferência, seja quem for que vai ganhar, a maioria dos votos ganhos vão ser contra o oponente, não a favor dele (me incluo)!



E em meio a super bem elaborados horários políticos, nem estou conseguindo pensar em coisas mais profundas, então, que chegue dia 31/10!

Fonte charge: http://xinelao.blogspot.com/2010/04/empate-tecnico.html

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Falando sobre aquele assunto chato...

Indico o texto abaixo que, apesar de ser uma campanha para a Dilma, candidata esta que não apoio, alerta sobre o grava problema da manipulação da mídia elitista. O protesto poderia ter sido feito em nome do Lula, Dilma, ou qualquer outra personalidade fora da elite, mas o que vale neste texto é a razão principal do protesto, e não os personagem políticos. Boa leitura.

A mídia comercial em guerra contra Lula e Dilma
24.09.2010


Por Leonardo Boff*

Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso”pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca Mais” onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.

Esta história de vida, me avaliza para fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.

Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos do Estado de São Paulo, da Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem deste povo. Mais que informar e fornecer material para a discussão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.

Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido à mais alta autoridade do pais, ao Presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.

Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.

Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma) “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e nãocontemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo, Jeca Tatu, negou seus direitos, arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)”.

Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles tem pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascendente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidene de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.

Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados de onde vem Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e de “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palabra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.

O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.

Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão soicial e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.

O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA faz questão de não ver, protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.

O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e no fundo, retrógrado e velhista ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes.

Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das má vontade deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.

*Teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da Carta da Terra.

Fonte: Agência Carta Maior.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Conversa Fiada (?)

- Já sei!
- O quê?
- E se a gente tentasse mudar o mundo?
- Beleza, Cérebro, conta aí seu plano infalível...
- Tá afim mesmo?
- Vai...
- Então tá! Eu acho que o primeiro passo é começar a agradecer!
- Valeu então...
- É sério! Éo primeiro exercício! Agradecer tudo que vier na sua vida! Até as coisas ruins!
- Agradecer a quem?
- Hum... você acredita em Deus?
- Não...
- Então, sei lá, agradecer à sua vida!
- Muito abstrato...
- Agradece a você mesmo então! Eu já ouvi uma vez que "nós somos os únicos responsáveis pela nossa história", ou algo do tipo...
- Ah beleza! Estou eu andando calmamente pela rua, quando me surge um sujeito com uma arma e me assalta! Primeiro que eu não fui o responsável por isso e segundo que eu não tenho motivo nenhum para agradecer! Pra mim, esse tipo de coisa não passa de um baita de um azer!
- Então agradece o azar!
- Hãn?!?!?
- Eu falei que era pra MUDAR o mundo! Tudo que é pra mudar exige esforço, sabia? É DIFERENTE do que temos costume!
- Ahn...
- Muda esse pensamento! Quando alguma coisa acontecer, boa ou ruim, agradeça! Já não é uma mudança?
- E o mundo? Fica onde nessa história? Até agora você só falou pra eu me mudar!
- O mundo vai ser o resultado... mas calma! Eu só falei o primeiro passo, que eu também tenho que tentar, não é só você! Agradecer ainda que a contra gosto... Acho que depois vai ficar natural e nem vamos achar a vida tão chata assim! E também acho que isso vai mudar mais um tanto de coisa nas nossas vidas...
- Tipo o quê?
- A vida vai ficar mais leve, e a gente mais leve para o quê e quem fazem parte da nossa vida! As pessoas ao redor vão notar a diferença e quem sabe também não seguem nosso exemplo?
- Tá bom!
- O quê que tá bom?
- Vou começar a agradecer todas as coisas chatas do meu dia-a-dia! Doença, briga em família, cobrança do chefe, falta de grana...
- Jura?
- Uai, juro! Você vai parar de me encher se eu falar que sim? Nossa... ainda tem os outros passos....
- Não, não! Eu paro! Os outros passos a gente vê depois! Nem pensei neles, na verdade...
- Então tá bom, pessoa insuportável! A partir de hoje sou um agradecedor de situações!
- Boa, rapaz! Você já pode começar agradecendo ao azar, ou seja lá o que for, essa pessoa insuportável que te atormenta o tempo todo!
- Na boa!? Você é completamente maluco!
- Você já parou pra pensar quem é louco e quem é normal? A partir de que referencial definimos isso?
- Ah não! Outra conversa profunda intelectual, não! Chega...
- Tá bom, já calei....

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Do plano onírico.

Como mantive do estado de vigília,
Nada mais lindo que um sorriso sincero...



Experimente!

Fotos: olhares.pt
Colagem: Carolina Heller

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Em Busca

Que bom seria...
... esquecer as ofensas e as grosserias que por vezes nos são destinadas. Mas esquecer verdadeiramente, como se elas nunca houvessem existido.
Compreender o real motivo delas e, a partir daí, agir para evitá-las.
Lembrar sempre das palavras encorajadoras e bem intencionadas.
Conseguir reagir aos discursos alheios, ainda que opostos às nossas idéias, com calma, carinho e educação.
Demonstrar com delicadeza e sinceridade nosso afeto àqueles que nos cercam, até mesmo àqueles que não demonstram ou não compartilham do mesmo sentimento.
Saber expressar nossa opinião da maneira correta, na hora oportuna, e com a pessoa devida.
Não maldizer! Por mais errada que nos possa parecer a atitude do outro. Não esquecer que cada um tem seus motivos, sua história.
Abreviar os sofrimentos e prolongar os prazeres.
Reagir a tudo com fé e amor.
Quem sabe um dia...

Imagem: icanread.tumbrl.com

quarta-feira, 21 de julho de 2010

É só acreditar...

Fonte: http://icanread.tumblr.com/

terça-feira, 13 de julho de 2010

Na Correria


Só refletindo um pouco no tanto que NUNCA estou satisfeita. Sempre tenho um motivo de queixa, e que me faz queixar muito. Mas olhando ao redor, vejo que não sou a única assim. As pessoas (nas quais me incluo) parecem estar sempre em busca de algo maior, que as satisfaça. Correm, correm, correm, e não alcançam nunca o que querem, talvez porque não sabem PELO o que correm.
Eu sinceramente acho que o que nos falta é tempo. Tempo para ler um bom livro, ver um bom filme, ficar com as pessoas que amamos, tomar sol, ter uma boa conversa, estudar por vontade própria, sobre história, ciência, espiritualidade... São essas as únicas coisas que eu acredito que possa nos satisfazer, mas por sempre correr, abrimos mão delas.
Não consigo ver sentido nesse estilo de vida moderno...
Bom, fica a mensagem:


Imagem: http://icanread.tumblr.com/

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Eu desejo...........

Com créditos para a Tha, que me mandou esta linda poesia, que não deve ser só lida (ou ouvida), mas também sentida:



Desejo
Victor Hugo

Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,

Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e

É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.

E se tudo isso acontecer,

Não tenho mais nada a te desejar.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Tomando coragem...


"Você que reclama da vida
Mas que não se intimida
Quando vai trabalhar
Você que não perde o sorriso
Mas não sabe o motivo e nem quer suspeitar
Mulher ta virando cachaça
Eu até acho graça
Precisa se recuperar
Larga essa vida
Chuta esse balde
Joga esse prato no chão
Vira esse copo..."
Salamaleque - Orquestra Imperial
Foto: olhares.pt

domingo, 6 de junho de 2010

Mais valeria??

Perdi minha mais valia!!
Vendi, assim, a preço de banana!
Agora pronto, fiquei sem, e que falta ela me faz...
Era com ela que eu podia ler bons livros, aprender coisas novas...
Ver novela! Eu sei que é fútil, mas aquela hora sem pensar em nada me valia tanto...
Depois que me tomaram minha mais valia, cuidei menos do meu corpo e da minha alma!
Valia-me tanto antigamente, quando eu tinha mais tempo para meus amigos, família, noivo...nem sei onde estão alguns deles hoje.
Devo declarar também que com minha mais valia em mãos alheias, não estou conseguindo planejar meu casamento, escolher apartamento ou enxoval... Será que os donos temporários dela vão me valer uma ajuda?
E estudar? Esse era um plano que tinha muito valor continuar... mas sem minha mais valia comigo, sem chances!
Será que teria mais valido a pena eu ter continuado com ela em mãos?

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Muita gente esquece..


Erótica é a Alma

Já não repito cem vezes que o amo,


nem preciso de beijos de longa duração.

Falo do meu amor neste olhar cheio de luzes e desejos.

A você, entrego minhas mãos quentes ainda da última carícia, para que sejam seu alento e seu descanso.

Eu o amo em orações de proteger e afastar as possíveis dores diárias para que ande pelo mundo com passo de criança descuidada e feliz de tão amada.

Digo que o amo com outras vozes e palavras de amar das suas músicas

que escolho para afugentar seu cansaço.

Digo que o amo quando me jogo em seus braços e,

desfazendo a ausência, você chega e me olha

com jeito de menino e o aroma da distância.

Sinto que o amo (você sente também)

ao acolher seus sonhos e emprestar meu coração

para o acalanto que todo sonho novinho

necessita para sair e ser.

Afirmo o meu amor todos os dias

com o meu corpo cheiroso, minha alma rendida

e meus pés tocando os seus

em nosso adormecer de apaixonados.

Adélia Prado



 

terça-feira, 30 de março de 2010

Simplicidade


Quero ser do contra hoje!
Não quero concordar com os especialistas em auto-ajuda, que nos incitam a querer sempre mais. Não podemos nos contentar com pouco. Buscar sempre nos superar, melhorar de vida, de emprego, de apartamento, de carro, e por aí nossa mente doente se desenrola em melhorar de parceiro, de amizades, de pai, de mãe, de irmão, de cabelo, de barriga, de nariz...
Eu, com todo meu conhecimento de psicologia adquirido na faculdade de engenharia (cof, cof), proponho o contrário, sem medo de julgamentos!
Quero ser acomodada, de uma vez por todas!
Que se instaure o comodismo!
Que eu consiga ver na minha vida as pequenas coisas boas que ela me traz, sem apontar o tempo todo o que me incomoda, nesse desejo incessante de mudança.
Ao dizer tudo isso não quero que você, caro leitor, se acomode com sua vida e pare de tentar lutar por algo melhor, não, não é isso.
Só quero gostar de todos ao meu redor, vendo o lado bom que cada um me mostra.
Sentir-me feliz ao ir trabalhar, ainda que não seja o emprego dos sonhos.
Ficar alegre com um e-mail, uma mensagem de alguém de longe, sem me frustrar pois esperava algo maior.
Comer arroz e feijão, sem desejar lagosta.
Acredito que a beleza esteja aí, na simplicidade da vida.
A sofisticação complica.
Acomodada? Sim. E com muito orgulho.

Foto de Filomena Galego (www.olhares.pt) - " Oxalis pes -caprae", não, não é um trevo de quatro folhas. Mas pra mim, já tá bom...

terça-feira, 9 de março de 2010

Cenas diárias


Ele chegou ao escritório, pôs o paletó na cadeira, deu um tímido “bom dia” e sentou-se, a espera das ordens diárias de seu chefe.

Não tardou muito. O segundo dissertou durante alguns minutos sobre tudo o que queria naquele dia, cobrando o que deveria ter sido feito nos anteriores. Tais atividades poderiam receber diversos adjetivos, dentre os quais “agradável” não se encontrava.

Com as mãos na cabeça, transformando o discurso do chefe em lista, teve um súbito desejo de desistir, simplesmente não quis mais nada daquilo. Olhou para o computador que recebia e-mails inúteis, sentiu o frio do ar condicionado que secava seus olhos, escutou conversas que não lhe diziam respeito de pessoas que não o respeitavam. Pensou em como seria mais esse dia, lembrando de como foi cada um desde que começou a trabalhar ali, viu tudo como num filme, igual dizem que nos acontece na chegada da morte.

Com os olhos vermelhos, gritou. Direcionou-se ao chefe, mas quis e conseguiu com que todos escutassem. Falou das tarefas tolas que tem feito, que não o permitem mostrar seu talento e capacidade. Reclamou da ignorância com a qual muitas vezes era tratado. Ofendeu a competência de todos seus superiores, sem exceção, apontando erros gerenciais e técnicos. Apontou defeitos que o irritavam em todos seus colegas e no ambiente físico em que trabalhava. Pegou a pasta e o paletó e disse o melhor “até logo” de toda a sua vida, aquele em que esperava que o “logo” fosse “nunca”.

Piscou de repente, balançou a cabeça, voltou à realidade. Lembrou como pagava suas contas. Ainda com as mãos na cabeça, lembrou com mais dificuldade que o habitual qual seria o próximo item de sua lista diária.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Pesado






Que semana densa!

Parece que hoje já é sexta-feira da semana que vem!




Foto: www.olhares.net

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

La douleur

E essas coisas que doem, machucam, dão náuseas, angústia e aperto no peito?
O que a gente faz delas?
Tentar resolver me parece o mais lógico a se fazer.
Se, por exemplo, o meu pé dói porque tem um espinho, tiro o espinho e espero sarar o machucado para desaparecer a dor. Simples.
E quando a dor no pé não é um simples espinho? É algo além, que mesmo após várias análises, descobre-se que pelo menos, no momento, não há como resolver?!
Isso sim dói. Pela própria dor e pela desesperança que a acompanha.
Acho que nessas horas temos que aceitar um espinho irretirável no pé, tentar ao máximo não lamentá-lo e andar pra frente, sempre, ainda que mancando um pouco.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Às Flores que Ofertamos..



"Quem esteve aqui
Viu barquinho de gazeta
Ancorar no mistério

Notas musicais
Dentre bolas de sabão
que de nossas serenatas vieram

Flores que ofertamos
e que nunca morrerão
em vasos e jarros se bronzeiam
Os anjos de onde vem
sua vida
bem-vinda
a trilha
Os livros não são sinceros
Quem tem Deus como império
No mundo não está sozinho
Ouvindo sininhos"

Magamalabares - Carlinhos Brown

Fonte da foto: www.olhares.pt

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Tolerância



Segundo o Aurélio, a tolerância é “Tendência a admitir modos de pensar, de agir e de sentir que diferem dos de um indivíduo ou de grupos determinados...

Talvez esteja aí a solução para muitos dos problemas da humanidade.

Problemas entre nações, religiões, crenças... Sem ir muito longe, vemos desentendimentos entre pessoas que vivem num mesmo lugar, tem os mesmos credos, mas não conseguem aceitar uma maneira diferente de pensar, nem mesmo de sentir, que é algo involuntário.

Minha proposta de hoje é esta! Tentarmos ser mais tolerantes, percebendo a tolerância em qualquer pequeno momento do nosso dia. Na fila do restaurante, no trânsito, em qualquer conversa que pareça boba, nos pensamentos que dirigimos a outrem... Quem se habilita a tentar comigo??

Só para encorajar:


Tolerância é caminho de paz.
[...] Nos aborrecimentos e provações que te surgem, a cada dia, suporta com humildade as ocorrências suscetíveis de ferir-te, e a tolerância se te fará a trilha de acesso à felicidade, de vez que aceitarás todos os companheiros do mundo na condição de filhos de Deus e nossos próprios irmãos
.”
Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier. Da obra: Plantão de Paz


Fonte da imagem: www.olhares.pt