sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

E AÍ?!

Começou aquela dieta?
Fez mais exercícios?
Perdoou mais?
Pediu mais perdão?
Escutou mais?
Falou menos?
Teve mais fé e menos ansiedade?
Comeu menos carne vermelha?
E menos fritura?
Economizou mais?
Parou de falar mal dos outros?
Valorizou as pessoas que te cercam e te toleram?
Aprendeu aquele idioma?
Andou menos de carro?
Falou mais "eu te amo"?
Reciclou seu lixo?
Aprendeu a cozinhar?
Reclamou menos?
Conheceu mais lugares?
Leu mais?
Bebeu mais água?
Comeu mais frutas?
Fumou menos?
Parou de beber e dirigir?

E o principal: se fez essas perguntas com frequência menor que de ano em ano?

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Promessas de fim de ano

Em 2012 vou julgar e falar mal de quem aparecer.
Vou perder a paciência com os outros sem precisar de bons motivos.
Vou gastar meu suado dinheiro com bobeiras.
Com certeza, vou reclamar do meu trabalho.

Em 2012 vou sair por aí dando lição de moral em todo mundo, me achando a dona da verdade.
Vou ficar cansada da rotina, do mundo, e xingar a primeira alma que aparecer na minha frente,  que com certeza não tem nada com isso.
Vou beber até num dia de semana e no outro ir trabalhar com sono, ressaca, culpa e me prometer que nunca mais faço isso.

No ano que vem vou fazer tudo com pressa e deixar cair todo e qualquer objeto que estiver no meu caminho.
Vou ficar nervosa no trânsito e bozinar com bastante ansiedade.
Vou achar que estou emagrecendo muito e comer até, aí me achar gorda e deprimir.

Em 2012 eu vou, principalmente, ficar muito brava com quem tiver opiniões diferentes das minhas.

(Viu como é fácil começar um ano com promessas já cumpridas?)

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Pontos de vista


Li uma reportagem outro dia muito interessante, que se aplica muito ao que estou vivendo agora e ao que venho refletindo (reportagem neste link)

Por que será que as pessoas estão sempre correndo atrás de ter mais, ainda que isso não condiga com a realidade (salarial) delas? Vivemos num mundo que "ter" é sempre mais importante do que "ser", "sentir", "pensar", "agir". É por isso que vemos pessoas sempre bem vestidas, bem cuidadas, pele e cabelo, intocáveis, tratando extremamente mal alguém que as tenha contrariado (via de regra, alguém de posição ECONÔMICA inferior). Por ter o carro do ano e a roupa da última coleção da marca mais cara, as pessoas se acham melhores, e têm certeza de que o mundo gira em função delas. 

A inversão de valores está cada vez mais presente e o pior, imperceptível. Tendo ou não meios, o dinheiro e o tempo são gastos com coisas fúteis e isso é completamente aprovado pela sociedade. A busca por sermos melhores, por gastarmos tempo conosco mesmo, com nossos amigos, com nossa família, é deixada de lado, para que possamos trabalhar mais, e ganhar mais dinheiro para gastá-lo com coisas fúteis.

Passei num concurso da prefeitura, fui chamada para trabalhar com o que eu sempre quis, vou conseguir unir a engenharia ao social, motivo que me fez permanecer e formar no curso. Maravilha? Muitas pessoas acham que não, porque não sendo em uma empresa privada, meu crescimento pode ser menor. Que tipo de crescimento?? Aquele tipo em que trabalha-se mais, ganha-se mais, vive-se menos? Realiza-se menos? Dá-se mais lucro pra quem já tem muito??

Pode ser que eu esteja sendo romântica demais, socialista demais, pretensiosa de menos, no entanto, estou feliz em ter essa oportunidade de fazer diferente...