Outro dia aquela pessoa com a qual passarei o resto de minha vida me contou que, após um tempo sem entrar no meu blog, entrou e deparou-se com duas mensagens tristes.
Isso pra mim pode significar duas coisas, a primeira, e mais óbvia, é que tenho andado triste e a segunda é que só deixo transparecer essa certa melancolia através desse tipo de expressão textual.
A segunda quem pode me confirmar sua procedência é quem convive comigo. Eu creio que nos últimos tempos não tenho tentado disfarçar nenhum tipo de emoção, o que faz com que essa hipótese caia por terra, mas é apenas o que acho.
Paro pra pensar na primeira então: por que cargas d’água posso estar triste? E percebi que, embora o ser humano tenha milhões de motivos para se alegrar (adoro falar genericamente, como “o ser humano”, porque aí não me sinto a única problemática nessa superfície planetária, ainda que eu seja), ele sempre vai achar ao menos um, para se preocupar, entristecer, culpar, e dedicar grande carga de energia.
Parece que enfim, estou num emprego que gosto. (Bem) remunerada, bem reconhecida, gosto dos afazeres rotineiros e já fiz amigos! Lindo? Não! Com certeza algo me irrita e é nesse algo que minha atenção faz questão de se concentrar.
Preocupo-me com o apartamento que não ficou pronto, e que precisa de armários e móveis e pedras granito e a festa ainda não tem espumante e não escolhemos a música da cerimônia e foi-se embora horas de sono, paz mental e o foco na verdadeira razão de tudo isso: achei uma pessoa que me completa, que eu amo, e que topou enfrentar esse caos terreno junto comigo!
A vida é o que está aí! Tem coisas que não tem como serem mudadas, e muitas vezes nem devem ser mudadas. O que mudará a vida, e o único poder que temos sobre ela é a maneira como a encaramos. Onde estamos direcionando o nosso foco...